domingo, 14 de outubro de 2012

GABRIELA COM 25 SEMANAS!!

É engraçado pensar no que estou vivendo e redescobrindo.
Esse momento gestante é realmente maravilhoso e mágico. Passa tanta coisa pela nossa cabeça, existem tantas fases dentro de um momento único como esse.

Um bebezinho dentro de mim. Já é tão grandinho... Já tem carinha de bebê. E ao mesmo tempo tão pequenininho.

Mexe tanto esse bebê! Vocês nem imaginam... Durante a noite mexe bastante.

Quanto assistimos filmes...
Há umas semanas atrás só a mamãe sentia às vezes alguém conseguia surpreender e tirar um chutinho dessa sapequinha. Mas agora os chutinhos estão super descarados... kkkkkkkkk.
Chuta pra todo mundo o tempo todo. Papai baba!

Antes era tão difícil, pois quando papai colocava a mão na barriga logo cessavam os chutinhos, agora chuta pro papai.

A barriga fica até tortinha.
Essa menininha vai pra lá e pra cá.



O lado que ela mais gosta de ficar é do lado direito. Senta, deita e se esparrama...

Gosta muito de ouvir as musiquinhas junto com a Má e conversamos muito com ela.
Agora descobri (ou redescobri) que dá até para brincar com seus pezinhos quando a Gabi 
chuta.

Aqui estamos curtindo muito essa fase. Tentamos dar mais atenção à barriga quando a Má já pegou no sono. Eu sei que ela tem que se acostumar e que uma hora o nenê vai nascer, mas podendo evitar o ciúmes evitaremos.

Uma música deliciosa que não paro de ouvir, uma amiga uma vez escreveu a letra no caderno de lembranças da Marina. Desde então me apaixonei por ela,mas aí a Má já não vivia dentro d’água.

Agora com a Gabi aqui, habitando este espaço quentinho, acolhedor, ainda confortável... kkkkkkk. Debaixo d'água! Com apenas 800 gramas, segundo a nossa querida Dra. ( ela ainda pode se divertir aqui dentro), não canso de escutar essa linda música e acho que Gabi já está apaixonada por ela. 

Música: Debaixo d'água
De: Arnaldo Antunes
Interpretação: Maria Bethânia


LETRA:
Debaixo dágua tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar

Mas tinha que respirar

Debaixo dágua se formando como um feto
sereno confortável amado completo 
sem chão sem teto sem contato com o ar

Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia


Debaixo dágua por encanto sem sorriso e sem pranto
sem lamento e sem saber o quanto
esse momento poderia durar

Mas tinha que respirar

Debaixo dágua ficaria para sempre ficaria contente
longe de toda gente para sempre
no fundo do mar

Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia

Debaixo dágua protegido salvo fora de perigo
aliviado sem perdão e sem pecado
sem fome sem frio sem medo sem vontade de voltar

Mas tinha que respirar

Debaixo dágua tudo era mais bonito
mais azul mais colorido
só faltava respirar

Mas tinha que respirar
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia
Todo dia, todo dia
Todo dia






sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva: "Presença. O presente que toda criança gosta de ganhar".


Nossa! É antagônico escrever sobre a dona de casa e sua valorização e logo em seguida escrever sobre mais presença e menos presente.
Porque parece que um tema é meio que relacionado ao outro e as duas propostas vieram juntas esse ano.

Com a iniciativa das "Mamães em Rede" que promovem sua primeira Blogagem Coletiva.

http://mamaesemrede.blogspot.com.br/

Tudo tem o lado positivo e o lado negativo. Se por um lado ser dona de casa além de histórico vem com um peso extra carregado por machismo, desvalorização de um trabalho que não acaba nunca, por outro lado conheço algumas famílias que as mães deixam seus pequenos por até (parece exagero, mas é pura realidade) 19 horas para se dedicarem integralmente ao  trabalho (lembrando que não são mães que criam seus filhos sozinhas, porque realmente há mães que não tem opção).

E que por não estarem com seus filhos ou por esses momentos serem raros, querem retribuir de uma maneira que agrade sempre (ou pelo menos de uma maneira que agrade sem gastar muito tempo). Comprar presentes parece ser uma maneira de deixar os pequenos sempre contentes e felizes, sem esquecer que o objetivo de sair de casa para trabalhar é ganhar o bendito dinheirinho que a criança já é treinada desde pequenininha a dizer “mamãe (papai) foi trabalhar para ganhar tutu”. Quando a criança chora vendo o adulto sair nossa primeira justificativa é... “Mas você não quer ir passear? Não quer ganhar aquele brinquedo? Não quer comprar aquele tênis novo?” Então papai (mamãe) precisa ir trabalhar.

E realmente precisam mesmo!
Mas além de passar muitas horas fora de casa quando chega o final de semana, a folga, ou as férias a maioria dos pais querem descansar. Alguns levam para passear, mas nada como ler livros para os pequenos, fazer piquenique (segundo alguns dá muito trabalho), desejando com que a criança se contente com o brinquedo novo, as roupas novas, a festa de aniversário, os presentes... E quer mais o quer? Já tem tudo!

Quando minha filha estava com 10 meses eu parava tudo o que estava fazendo para ir para o tapete ensiná-la a comer sozinha. Adoro criança independente.
Então a colocava sentadinha no tatame, enquanto ela brincava com a colher, ia oferecendo a comida com outra, durante esse processo e depois dele brincávamos muito. Demorou um tempo para o marido se acostumar com a bagunça.
Mas era compreensivo, eu trabalhava com crianças pequenas e já estava habituada. Eles não aprendem a pegar na colher e ir sozinho até a boca do dia para noite. Adoram comer com a mão e fazer aquela bagunça. Sei que em muitos lares se evita essa atividade pelo mesmo motivo que ele estranhava.
Mas depois de um tempo quando saíamos, ele conseguia observar a diferença entre nossa pequena e outras crianças até mais velha que faziam a maior bagunça e até outras que nem comiam nada. Enquanto a Má, além se sentar e se virar sozinha sem grandes estardalhaços aceitava todo o tipo de comida. Com o tempo ele foi vendo quanta diferença esse contato de tão perto fez na vida dela.

O contato diário com os pais não tem preço na vida de uma criança. Digo contato de olhar nos olhos, dividir desafios, ver ali construir uma relação de amor, carinho, afeto e companheirismo.



Não é necessário esperar o dia, a semana ou o mês da criança para se aproximar do filho, para propor algo novo que os aproximem, mas já é um grande começo.
Quem sabe a partir daí os pais, as famílias não começam a ver uma valorização na criança e em tudo o que ela faz. Perceber o quanto é significativo essa participação na vida dela.
Marido saiu cedo para trabalhar... Marina acordou e perguntou “Cadê o papai?”
Eu respondi “Foi trabalhar Má, foi ganhar dinheiro”
Ela respondeu brava “Eu não quero dinheiro, quero ele aqui”.

Me deu vontade de abraçar, beijar e babei demais porque nunca esperava uma reação dessas, é uma criança que nem tinha 3 anos completos. E daí já se nota que eles percebem tudo o que ocorre ao redor e já sabe exatamente o que querem. Como ignorar? Como preferir fazer outra coisa a estar com eles? Com certeza esse tipo de diálogo não acontece só na minha casa. Até porque hoje em dia as crianças estão hiper precoces. 

Difícil entender, mas nem tão difícil de presenciar cenas do total capitalismo que vivemos hoje.
Do mesmo jeito que levou um tempo para meu marido se acostumar com aquelas atividades tão divertidas que passávamos juntas (ele queria a casa em ordem, e infelizmente muitos e muitas querem, não se preocupam com a qualidade que os pequenos estão tendo naquele momento de brincadeira) também não está sendo fácil convencê-lo de que o presente do Dia das Crianças esse ano poderia ficar de fora. Acredito que muitos pais pensam estar fazendo o melhor para seus filhos e não os julgo por isso.

Já questionei para que ele pense e para que possamos resolver juntos o que faremos por aqui no dia das crianças, vejo que essa ideia de shopping, consumismo, e brinquedos está bem entranhado na nossa cultura... Mas com muita conversa vamos mudando essa figura.
A mudança sempre traz algo novo, e quem sabe esse primeiro passo já não seja mais fácil, e aderido por mais pessoas daqui pra frente?
 
PARABÉNS AO DIA DAS CRIANÇAS!!

E que nós possamos sempre presenteá-las diariamente com  nosso amor e companhia.

Beijos à todas e todos e um Feliz Dia das Crianças para Nós!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Blogagem Coletiva Especial Dona de Casa


Quando vi a proposta de uma blogagem coletiva proposta por "Donas de Casa Anônimas" com o tema dona de casa, já que dia 31 de outubro é o dia das donas de casa. 
Comecei a pensar no que ia escrever, porque apesar de trabalhar fora tantos anos, a gente sempre é meio dona de casa, não tem jeito! 
Sem contar que depois que temos filhos por mais que não pareça tem sempre uma força (um pensamento) maior e uma cobrança que as vezes parte de nós mesmas que nos leva a indagar, mas vai sair pra trabalhar? E o bebê?
Então comecei a ler a respeito e conversar com várias pessoas.
Conversando com um rapaz e contando que uma amiga foi até a casa do namorado ajudá-lo com a limpeza e a cuidar da casa, e que por isso acabou virando rotina e hoje depois de casada ela se mata para cuidar da casa, dele e das coisas dele, ele virou e respondeu - mas não é a obrigação dela?
E continuou, sou casado e minha mulher vai trabalhar só se eu quiser, se eu achar que o horário de trabalho não está bom falo pra ela sair e pronto. E se não estiver bom pra ela, arrumo as minhas malas e vou embora.

Dias depois desta conversa neste blog li a seguinte frase - “Eles foram treinados para o papel de provedor e, por puro machismo, transferem toda a responsabilidade da casa e da criação dos filhos para a mulher.” (Ricardo Estevam)

Acho que toda essa confusão começa aí.
Porque cuidar do lar onde moramos, estar com filho, participar do seu crescimento, das suas vivências, das suas descobertas, da sua infância, poder ver se ele está realmente se alimentando bem, como tem passado o dia, fazer parte do seu cotidiano, poder contar-lhe histórias, participar de suas brincadeiras, ver e observar como ele constrói suas idéias, escolher fazer parte do dia a dia dele. Cuidar da casa com zelo, deixando tudo do jeitinho que a gente gosta, ter o poder de organizar uma rotina agradável ao lado de quem amamos não teria nenhum motivo para se envergonhar se não fosse por não ser valorizado, e porque não é?
Por uma visão machista e não digo que essa visão seja só deles, há muitas mulheres mais machistas que muito homem por aí.
A ideia de que num casamento tudo deve ser dividido pelo jeito ainda é minoria...
Nas redes sociais quem tem coragem bota a boca no trombone, se expressa... Mas ainda há quem fique quietinha só escutando. Ou quem ainda nem tenha conhecimento disso.
Também não é estranha a tal frase, hoje em dia as mulheres têm que sair para trabalhar, não é como antigamente que só o marido conseguia sustentar a família.
Muitas pessoas se acham independente por trabalhar fora, mas dependem muito de outras pessoas para realizarem as tarefas mais simples.

Como já disse em outros posts a ideia de dependência não me chama a atenção. E não estou do lado de nenhum gênero (nem masculino, nem feminino). Qualquer tipo de dependência não me atrai.
Talvez por isso a minha opção não tenha sido a de ser somente dona de casa – a dependência financeira. Para mim difícil questão.
Desde a adolescência meu sonho sempre foi ter a minha casa, sair da barra da saia dos pais, ser independente. E aí depois de tudo conquistado vou jogar isso nas mãos de uma outra pessoa?
Ter que pedir dinheiro para ir à padaria? Não me faz sentir confortável.
Em curto prazo legal, em longo prazo... Difícil!
Sem contar que nem sempre é uma opção!

Minhas avós não tiveram opção, assim como muitas mulheres não tem, mesmo por seu modo de vida, por sua criação, passam a vida a sonhar com o casamento e com a criação dos filhos, e de fato para a maioria delas isso era a realização suprema para a vida, assim me conta minha avó paterna. Hoje em dia ela diz não podíamos fazer nada filha, tinha que obedecer ao marido.
Hoje ela conta que tinha sonhos... Que queria ser professora, que durante a vida sentiu muita falta dessa valorização que tanto falamos, que ninguém a elogiava por a casa estar limpinha e cheirosa. Que gostaria de ter sido mais bem tratada, afinal fazia tudo com o maior amor. E conta também a história de uma irmã, muito inteligente, que com a ajuda da mãe estudou escondida, se formou e o pai quando descobriu a proibiu de trabalhar e depois de se casar o marido fez o mesmo.
Hoje em dia ainda podemos optar! Mas nem sempre foi assim... E nem sei se isso ocorre em todos os lugares e em todas as famílias. O jovem com quem conversei (conversa do início do texto) não tem uma realidade tão diferente e nem é de um lugar distante.
Hoje ainda lutamos para que seja uma opção de fato!
E não podemos nos esquecer quando optamos por algo, abrimos mão de alguma coisa sempre. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ciúmes? Mas agora!?

O SEGUNDINHO... 
Essa 2ª princesinha e Muitas mudanças!!
Uma mocinha tendo que lidar com a chegada da irmã (pessoa mais que conhecida por nome, muitas vezes acariciada, sempre tratada com muito carinho e beijinhos), pois a família sempre incentiva que as duas sejam melhores amigas, tenham uma convivência em harmonia e amizade.
Até a semana passada a Marina estava lidando muito bem com a questão de ganhar uma irmãzinha!!
Nesta gestação fiz um curso para gestante online da Revista Crescer, e adorei!!
Também estou participando do Grupo Vínculo, e está sendo essencial para essa nova gestação. Com esse grupo maravilhoso, estou vendo muitas coisas que poderiam ter sido diferente em minha primeira gestação... 
Repensar é uma arte!! E elas estão sendo essenciais para esse meu novo olhar...

Com tantos assuntos envolvendo a maternidade, embora eu esteja bem tranquila, a ansiedade e o tempo são duas coisas das quais são mais difíceis de lidar.
Quanto mais leio a respeito da maternidade, mais indagações me surgem à mente. 
Ainda estou de 23 semanas, ainda tem tempo, mas esse passa mais rápido do que imaginamos, então não é bom bobear.

Por esse motivo, semana passada resolvi fazer um levantamento das coisinhas que tenho e do que vou precisar para deixar o enxoval prontinho para a chegada da nossa linda Gabriela.
Tiramos tudo para lavar, organizar, e nesse vai e vem, Marina está a postos... Observando e participando de tudo.
De repente um ciúmes desses que a gente esperava desde o início (mas já não esperava mais, pelo menos até que Gabriela nascesse) apareceu!!
Começou a vestir todos os calçadinhos, desde o menorzinho... E dizia que era dela.
Tentamos explicar:
__ Mas Má, você já cresceu! Não serve mais.
Mesmo assim ela tentou vestir todos. E ao final dizia, não serve mais mamãe, está pequeno.


(O tempo passou... E nossa Má está uma mocinha!!)

E com isso nós também ficamos admirados de como a Marina cresceu!
Mas ela ainda é tão bebezinha... (Acho que sempre será)

No início não queria se desfazer de nada, e depois ia dizendo que era tudo feio.
Essa roupa é feia, esse sapatinho é feio e ficou muito emburrada.
Não sei se fiz bem em deixá-la participar disso... Mas também não pensei que ela reagiria assim.

E acho que ela se sentiu como nesta música do Palavra Cantada - (Principalmente no "me sinto bem maior do que eu era antes"). Esses dias ela escutou e pediu para ouvir de novo umas duzentas vezes...
Quando o papai chegou, falou animado com ela sobre as coisas da irmã, ela saiu e nem resposta deu. Realmente estava muito brava!!

E embora não colocamos essa música para tocar nesse momento da gravidez, me fez lembrar dela.


Claro que fomos conversando, dizendo que agora ela vai ter uma companhia, que não vai mais dormir sozinha... E ela achou o maior barato!!
O bom e que nos faz sentir aliviados em vê-la sorrir novamente ao falar da irmã.

Essa semana já está bem melhor!
E parece que vendo tudo com mais naturalidade.
Não queremos traumas...
Queremos muito mais amor!!!